Resultado da pesquisa (4)

Termo utilizado na pesquisa Experimental intoxication

#1 - Natural and experimental salinomycin poisoning associated with the use of florfenicol in pigs

Abstract in English:

This study describes the spontaneous and experimental salinomycin poisoning associated with the use of florfenicol and warns about the effects of the administration of antibiotics to animals that receive ionophores in the feed as growth promoters. A batch with 1,200 finishing pigs fed a diet containing 30ppm of salinomycin received florfenicol (60ppm via feed) to control respiratory diseases. Twenty-seven pigs had difficulty walking, tip-toe walking, muscle tremors, and anorexia seven days after the start of treatment. Twenty-two animals died, 10 recovered, and two were sent to the Laboratory of Animal Pathology of CAV-UDESC to be necropsied. The experimental reproduction of the disease was carried out to clarify the possible influence of florfenicol on salinomycin poisoning using 12 pigs divided into four groups with three animals each, treated for 16 days with diets containing no additives (Group 1), 50ppm of salinomycin (Group 2), 40ppm of florfenicol (Group 3), and 50ppm of salinomycin and 40ppm of florfenicol (Group 4). Only animals in Group 4 became ill. The clinical disease was reproduced from the ingestion of 24.67mg/kg/LW of salinomycin and 19.74mg/kg/LW of florfenicol. Both natural and experimental salinomycin poisoning associated with the use of florfenicol caused a condition of myopathy characterized in histology by hyaline degeneration and floccular necrosis of skeletal fibers, with macrophage infiltrate, associated with the figures of regeneration in skeletal muscles and multifocal areas of the proliferation of fibroblasts, being more intense in the longissimus dorsi and semimembranosus muscles. Therefore, florfenicol can cause the accumulation of ionophore salinomycin in the animal organism, resulting in a condition of toxic myopathy.

Abstract in Portuguese:

O presente trabalho descreve as intoxicações espontânea e experimental por salinomicina associada ao uso de florfenicol e alerta sobre os efeitos da administração de antibióticos aos animais que recebem ionóforos na ração como promotores de crescimento. Um lote com 1.200 suínos em fase de terminação, alimentados com ração contendo 30ppm de salinomicina, recebeu florfenicol (60ppm via ração) para o controle de doenças respiratórias. Sete dias após o início do tratamento, 27 suínos apresentaram dificuldade de locomoção, “caminhar em brasa”, tremores musculares e anorexia. Vinte e dois animais morreram, 10 recuperaram-se e dois foram encaminhados ao Laboratório de Patologia Animal (CAV-UDESC) para serem necropsiados. Para esclarecer a possível influência do florfenicol na toxicidade da salinomicina foi realizada a reprodução experimental da doença utilizando 12 suínos, divididos em 4 grupos com 3 animais cada, tratados por 16 dias com rações contendo: Grupo 1 = sem aditivos, Grupo 2 = 50ppm de salinomicina, Grupo 3 = 40ppm de florfenicol e Grupo 4 = 50ppm de salinomicina e 40ppm de florfenicol. Somente os animais do Grupo 4 adoeceram. A doença clínica foi reproduzida a partir da ingestão de 24,67mg/kg/PV de salinomicina e 19,74 mg/kg/PV de florfenicol. Tanto a intoxicação natural quanto a experimental por salinomicina associada ao uso de florfenicol provocaram um quadro de miopatia caracterizado na histologia por degeneração hialina e necrose flocular das fibras esqueléticas, com infiltrado macrofágico, associada às figuras de regeneração na musculatura esquelética e áreas multifocais de proliferação de fibroblastos, sendo mais intensas nos músculos longissimus dorsi e semimembranoso. Conclui-se que, o florfenicol tem a capacidade de ocasionar o acúmulo do ionóforo salinomicina no organismo animal, resultando em um quadro de miopatia tóxica.


#2 - Experimental intoxication by the leaves of Melia azedarach (Meliaceae) in cattle, 22(1):19-24

Abstract in English:

ABSTRACT.- Méndez M.C., Aragão M., Elias F, Riet-Correa F & Gimeno E.J. 2002. (Experimental intoxication by the leaves of Melia azedarach (Meliaceae) in cattle.) Pesquisa Veterinária Brasileira 22(1):19-24. [Intoxicação experimental pelas folhas de Melia azedarach (Meliaceae) em bovinos.] Laboratório Regional de Diagnóstico, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, 96010-900 Pelotas, RS, Brazil. E-mail: nane@ufpel.tche.br. Green leaves of Melia azedarach were administered at single doses ranging from 5 to 30 g/ kg bw to 11 calves. Clinical signs were depression, ruminal stasis, dry feces with blood, ataxia, muscle tremors, sternal recumbency, hypothermia and abdominal pain. Serum AST and CPK were increased. Signs appeared from 8 to 24 hours after dosing, and the clinical course lasted from 2 to 72 hours. Three calves dosed with 30g/kg bw died. The macroscopic findings included intestinal congestion, yellow discoloration of the liver, brain congestion and dry feces with blood in the rectum. The liver showed swollen and vacuolated hepatocytes. Necrotic hepatocytes were scattered throughout the parenchyma or concentrated in the periacinar zone. Degénerative and necrotic changes were observed in the epithelium of the forestomachs. There was also necrosis of the lymphoidtissue. Skeletal muscles showed hyaline degeneration and fiber necrosis. The necrotic fragments contained floccular or granular debris with infiltration by macrophages and satellite cells.

Abstract in Portuguese:

RESUMO.- Méndez M.C., Aragão M., Elias F, Riet-Correa F & Gimeno E.J. 2002. (Experimental intoxication by the leaves of Melia azedarach (Meliaceae) in cattle.) Pesquisa Veterinária Brasileira 22(1):19-24. [Intoxicação experimental pelas folhas de Melia azedarach (Meliaceae) em bovinos.] Laboratório Regional de Diagnóstico, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal de Pelotas, 96010-900 Pelotas, RS, Brazil. E-mail: nane@ufpel.tche.br. Folhas verdes de Melia azedarach foram administradas em dose única a 11 bovinos nas doses de 5 a 30g/kg de peso vivo. Os sinais clínicos caracterizaram-se por depressão, atonia ruminal, fezes duras com sangue, incoordenação, tremores musculares, decúbito esternal, hipotermia e dores abdominais. Os níveis séricos de AST e CPK estavam aumentados. O aparecimento dos sinais clínicos foi observado entre 8-24 horas após a ingestão das folhas e o curso clínico durou entre 2 e 72 horas. Três animais que receberam 30g/kg morreram. Os achados macroscópicos caracterizaram-se por congestão dos intestinos e do cérebro, fígado amarelado e presença de fezes duras com sangue no reto. Os hepatócitos estavam tumefeitos e com vacuolização citoplasmática. Observaram-se hepatóci tos necróticos distribuídos no parênquima ou próximos à veia centrolobular. Lesões degenerativas e necróticas foram observadas no epitélio dos pré-estômagos. Havia também necrose do tecido linfóide. Nos músculos esqueléticos observaram-se degeneração hialina e necrose das fibras. Os fragmentos necróticos apresentavam necrose flocular ou granular com infiltração de macrófagos e células satélites.


#3 - Experimental intoxication in pigs fed with low concentrations of Senna occidentalis (Leg. Caes.) in the ration

Abstract in English:

Thirty pigs with mean weight of 27.5 kg were divided at random in tive groups. Group 1 (control) was fed with a growing ration from day O to day 42, and with a finishing ration from day 43 to day 90. Groups 2, 3, 4 and 5 received the sarne ration as the control group plus 0.25%, 0.50%, 0.75% and 1.00% respectively of ground Senna occidentJJljs (L.) Link. seeds. The regression analysis showed a negative linear regression of gowth rates Ŷ = 0.75 - 0.36x, r2 =0,92, (P<0,01)) and food consumption (Ŷ = 1,98 - 0.82x, r2 = 0,93, (P<0.07)) of growing and finishing pigs in relation with the concentration of S. occidentalis in the food. Four pigs of group 5 and one of group 3 had clinical sigos at 54, 59, 78 (two pigs) and 81 days after the beginning of the experiment. These pigs were killed in extremis until 72 hours after the onset of clinical sigos. Three pigs from group 5 and three from group 4 were killed 56 and 57 days after the beginning of the experiment. The other pigs, except three from the control group, were killed in extremis at the end of the experiment. Post mortem findings were enlargment of the liver, which had pale areas of discoloration and accentuation of its lobular pattern, in 9 pigs from groups 3, 4 and 5, one of which had a nutmeg appearance on the cut surface. No gross lesions were observed in skeletal muscles or myocardium in any of the pigs. Histological lesions of the liver were characterized by hepatocellular fat metamorphosis and discrete bile duct proliferation. One pig had centrilobular necrosis probably resultant from cardiac failure, Degeneration and segmentai necrosis of fibers were observed in skeletal muscles. The degree of these lesions was correlated directly with the quantity of S. occidentalis seeds in the ration. Mild degenerative lesions were observed in the myocardium of some pigs from groups 3, 4 and 5.

Abstract in Portuguese:

Trinta sumos com peso inicial médio de 27,15 kg foram distribuídos aleatoriamente em cinco grupos de tratamento, O grupo 1 (controle) recebeu ração de crescimento do dia O ao 42º dia de experimento e ração· de terminação do 43° ao 90º dia. Os grupos 2, 3, 4 e 5 receberam, durante o mesmo período, a mesma ração do grupo controle, porém contendo 0,25%, 0,50%, 0,75% e 1,00% de sementes de Senna occidentalis (L.) Link., respectivamente. A análise de regressão demonstrou uma relação linear negativa para o ganho de peso (Ŷ = 0,75 - 0,36x, r2 = 0,92, (P<0,01)) e o consumo alimentar (Ŷ = 1,98 - 0,82x, r2 = 0,93, (P<0,07)), em relação à concentração de S. occidentalis na ração, nas fases de crescimento e terminação. Cinco animais, quatro do grupo 5 e um do grupo 3, apresentaram sintomas de incapacitação muscular no 54°, no 59º, no 78º (dois animais) e 81º dias de experimento. Esses animais foram sacrificados in extremis até 72 horas após o início dos sintomas. Três suínos do grupo 4 e três do grupo 5 foram sacrificados no 56º e no 57° dias após o início do experimento (um desses com sintomas) e os restantes nos últimos 12 dias do experimento, com exceção de 3 animais controle que não foram sacrificados. Nas necropsias, o fígado de nove sumos dos grupos 3, 4 e 5 apresentou aumento de tamanho e áreas de coloração mais clara com acentuação do padrão lobular; em um sumo foi observado aspecto de noz-moscada na superfície de corte desse órgão. Nos másculos esqueléticos e cardíaco não foram observadas lesões macroscópicas. Histologicamente observou-se uma moderada degeneração gordurosa e uma leve proliferação de células epiteliais dos duetos biliares no fígado. Um animal apresentou acentuada necrose centrolobular, provável mente devido a insuficiência cardíaca. Os músculos esqueléticos apresentaram necrose segmentar e alterações regenerativas. O grau de lesão muscular esteve positivamente correlacionado com a concentração de S. occidentalis na ração. O músculo cardíaco apresentou processo degenerativo pouco acentuado em alguns animais dos grupos 3, 4 e 5.


#4 - Experimental intoxication by Sisyrinchium platense (Iridaceae) in cattle

Abstract in English:

Sisyrinchium platense collected in January, June, August and November was given experimentally to cattle and sheep. For cattle the plant was most toxic in November (spring), when in tlower, causing severe haemorragic diarrhea at doses of 22.6 and 29.9 g of the green plant per kg of body weight. During the other seasons S. platense caused discrete to moderate diarrhea at doses from 20 to 40 g per kg of body weight. S. platense was non toxic for sheep at doses up to 60 g of the green plant per kg of body weight. These results suggest that S. platense, which is occasionally consumed by animais transported from areas where the plant does not grow, is responsible for some outbreaks of diarrhea observed in cattle immediately after transportation.

Abstract in Portuguese:

Com o objetivo de determinar a toxicidade de Sysyrinchium platense ("alho-macho") e estudar alguns aspectos epidémiológicos relacionados à diferença de. toxicidade nas diferentes estações do ano, a planta foi administrada experimentalmente a bovinos e ovinos. As amostras· foram coibidas nos meses de janeiro, junho, agosto e novembro e administradas por via bucal aos animais experimentais. Para bovinos-, a planta foi mais tóxic na primavera. em floração, observando-se severa diarréia hemorrágica em doses que variaram entre 22,6 e 29,9 g de planta verde por kg de peso vivo. Nas outras épocas do ano, S. platense causou diarréia discreta ou moderada em doses entre 20 e 40 g/kg. Para os ovinos a planta não foi tóxica em doses de até 60 g/kg. Esses resultados e o fato de que a planta é consumida somente por animais transportados, procedentes de áreas onde não ocorre S. platense, evidenciam que a mesma seja responsável por alguns surtos de diarréia em bovinos que ocorrem na região Sul do Rio Grande do Sul.


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